Semana passada a Ingrid Tavares, repórter do Uol, me ligou pedidno ajuda para uma reportagem sobre maconha sintética – o tal do Spice – e fez essa matéria. Ficou bem bacana, pra começar, porque ela não cometeu nenhum erro grave, como é comum na cobertura da imprensa brasileira sobre drogas.
Ela não teve espaço (físico ou editorial, não sei) para incluir uma parte da nossa conversa em que tentei contextualizar a questão das drogas sintéticas – e que resumo aqui.
Não adianta “os EUA fecharem o cerco” contra essa ou aquela droga, especialmente no caso das sintéticas, colocando o nome de todas elas numa lista negra. Desde 1965 o mundo literalmente “corre atrás” dos traficantes tentando proibir o que seus químicos de fundo de quintal inventam. Não adianta. Para cada droga que se proíbe, os traficantes inventam outras para continuar à frente.
O pior é que raramente as novas drogas são menos perigosas do que as anteriores. E, mais uma vez, quem sai perdendo é o usuário, o elo mais fraco dessa corrente que parece não ter fim.
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