Uso seguro é legal.
O parlamento dinamarquês legalizou, nesta semana, o uso de drogas ilegais realizado em “salas de consumo seguro”. A expressão se refere aos locais criados para que as pessoas se injetem em situações mais seguras, geralmente com seringas descartáveis disponíveis e supervisão de enfermeiros, por exemplo.
Esse tipo de iniciativa já existe há muitos anos no país – a capital Copenhagen já tem até vans criadas com essa finalidade – , mas havia uma discussão sobre o fato de isso ser crime ou não. Agora não tem mais.
Ainda bem, porque a Dinamarca tem dos maiores índices da Europa de morte por overdose – uma complicação que pode ser prevenida. E diversos estudos já mostraram que esse tipo de iniciativa contribui bastante para evitar essas fatalidades.
Mais um
O Estado de Rodhe Island tornou-se o 15o dos EUA a descriminalizar o uso de maconha. Quem rodar com baseado paga multa: 150 dólares. O sujeito só pode ser detido se rodar 3 vezes em menos de 18 meses. E metade da grana arrecadada com a lei vai para projetos de educação sobre drogas. A medida entra em vigor em 1o de abril, dia da mentira. Mas é de verdade!
Em tempo: Jeffrey Miron, economista de Harvard, estimou que o Estado vai economizar 11 milhões de dólares por ano, diminuindo despesas de polícia e sistema judiciário, principalmente.
Em Chicago…
O prefeito Rahm Emanuel manifestou-se a favor da descriminalização da maconha, com multas de 100 a 500 dólares para quem for pego. Cada vez mais governantes americanos querem ganhar dinheiro com a erva, em vez de gastar.
Desinformação em Fortaleza
Ontem foi a vez de a capital cearense receber o lançamento da semSemente, primeira revista de cultura canábica do Brasil. Um jornal local fez matéria sobre o assunto. Um entrevistado que se opõe à “liberação de narcóticos”, como ele diz, repetiu o mito de que maconha é porta de entrada para drogas mais pesadas e levantou um dado misterioso: “a droga retira quatro vezes mais água do corpo”.
De onde será que ele tirou isso? E ela tiraria mais água do que o quê? Estranho.
No México
O presidente Felipe Calderón voltou a pedir que os EUA considerem a possibilidade de legalizar as drogas como uma “solução de mercado” para acabar com a violência causada pelo tráfico.
“Os Estados Unidos e não apenas o presidente Obama, mas seu Congresso, sua socidade, precisam olhar alternativas que reduzam o fluxo de caixa para esses grupos criminosos”, disse Calderón, ontem, ao Wall Street Journal.
Em seu mandato, mais de 55 mil mexicanos morreram em guerras do tráfico. O índice de mortes explodiu quando o presidente endureceu a guerra contra os “narcos”, gerando entre as gangues uma disputa maior por rotas e territórios.
Pó de graça?
Também vem do México uma proposta mais radical para acabar com a violência do tráfico: distribuir cocaína de graça. “Sem dinheiro [na mão dos traficantes], não há armas, já não se pode comprar juízes, não se pode apodecer o país”. A frase – e a ideia – é do segundo homem mais rico do México, Ricardo Salinas. Ele é contra a legalização, repara.
E você, o que acha dessa ideia? Comentaí!!
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quem usa é porque é viciado ou gosta mesmo.
quem não usa é porque não quer; não é por causa de 10,00 REAIS por uma peteca que vai deixar de cheirar.
eu acredito que iria funciona pelo menos para tirar dinheiro do tráfico, e favorecer o poder policial e governamental.
os traficantes teriam de voltar a traficar videos cassetes!!!!rsrsrsrs.